Crise? vamos normalizar?
🦜🦋 A Crise Como Parte da Vida: Perspectivas do Brasil e da Noruega 🫎🦜
Uma das vantagens de ser do Brasil é como vivemos e experienciamos de perto as crises dos outros. Quando um vizinho está de luto, estamos lá. Quando alguém está hospitalizado, visitamos. Desde cedo, aprendemos que a vida é cheia de desafios e aceitamos isso como parte da existência. A vida segue, independentemente do que aconteça.
Já aqui na Noruega, percebo que as coisas funcionam de maneira diferente. Minha experiência é que as crises são muitas vezes colocadas em "caixinhas" – grupos de luto, grupos do NAV, grupos de aposentados – categorias que tentam nos separar de acordo com as dificuldades que enfrentamos. Às vezes, isso pode parecer uma forma de segregação, onde nem sempre há espaço para fazer parte de um coletivo mais amplo.
Mas para mim, nunca foi assim. Nunca consegui me enxergar dentro desses rótulos como algo que me definisse. Mesmo quando perguntavam "onde eu pertencia", eu sempre quis estar onde meu coração me levava – entre pessoas, sem limitações. E acho importante dizer isso: a vida envolve crises para todos nós. Seja para aqueles que já passaram por muitas delas ou para aqueles que ainda não as enfrentaram diretamente.
🦋 A crise é universal – mas lidamos com ela de formas diferentes 🫎
Se você está lendo isso e ainda não enfrentou uma crise significativa, quero dizer: um dia, a vida vai te desafiar.
Mesmo as famílias mais exemplares da Noruega, como a que todos os jornais mencionam hoje – 24 de novembro de 2024 – vivem situações que nos lembram de que crises fazem parte da vida. Não importa o quão perfeito tudo pareça por fora. A vida é imprevisível, e ninguém está imune a perdas ou desafios.
🦋 Como enxergamos a dor dos outros nos define 🦜
O ponto aqui não é assustar, mas te convidar a refletir sobre como você enxerga a crise alheia.
📍 Você vê o sofrimento dos outros como algo distante, como se pertencesse a "eles" e não a você?
📍 Ou consegue acolher as dificuldades dos outros com empatia e abertura?
Distanciar-se da dor dos outros pode, momentaneamente, trazer uma sensação de segurança. Mas as consequências dessa dissociação são profundas. Perdemos a capacidade de refletir sobre nossa própria vida, de compreender nossas próprias reações e de construir as conexões autênticas que tornam a existência significativa.
☄️ Observar – e olhar para dentro 💕
Observar a crise dos outros com empatia, sem julgamento, nos dá uma grande oportunidade de aprendizado. Quando olhamos para dentro, podemos usar essas experiências para nos compreender melhor. Desenvolvemos compaixão, força e coragem para enfrentar nossas próprias adversidades.
Afinal, a questão não é "se" vamos passar por crises, mas "quando".
🦋 Lembre-se do casulo da Sommerboleta 🐛
Lembre-se do casulo da Sommerboleta. A borboleta não sabe que um dia irá voar. As crises passam, e ninguém é vulnerável para sempre – tudo se transforma. 💫
A força traz nuances. Quando finalmente nos tornamos borboletas, surge a pergunta: quem queremos levar conosco nessa nova fase da vida?
Para mim, quero levar todos aqueles amigos que estiveram ao meu lado.
Aqueles que cuidaram dos meus filhos, que os levaram aos treinos, que não precisaram dizer nada, mas estavam lá por mim e por meus meninos nos momentos difíceis. A presença deles significou tudo.
Mas também houve aqueles que não souberam lidar com a situação – e simplesmente desapareceram. Eles me ghostearam no meio da minha dor. Foi uma dor inesperada dentro da dor do luto, mas me ensinou algo importante:
📌 A crise não revela apenas a nossa força – ela também revela as verdadeiras relações ao nosso redor.
E quando finalmente saímos do casulo, quando espalhamos nossas asas como borboletas, vale a pena se perguntar:
Quem você quer levar com você? 🦋🦜✨
Leia tambem: Crise? Vamos normalizar?? e Quando a Adversidade se Transforma em Sabedoria: A Arte de Perceber as Nuances.